Ameaça estrutural ao plano

    Ao longo do processo de abertura pelo qual vem passando a economia brasileira nos últimos anos, fomos, aos poucos, nos acostumando à expessão Custo Brasil.
    Esta expressão pretende designar o preço a mais que o país e as empresas pagam pelo tempo que passamos meio isoladões do mundo.
    Do lado das empresas , podem ser contabilizados como ingredientes do Custo Brasil: desperdícios, retrabalho, perdas e excesso de tempo para fazer as coisas.
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    Do lado do esrado, pode-se definir Custo Brasil como a junção explosiva de: (1) juros altos; (2) custos elevado da mão-de-obra; (3) incidência em cascata de impostos sobre produtos de exportação; (4) infra-estrutura de portos e estradas; e (5) telecomunicações deterioradas e caras.
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    Além de colocar os produtos brasileiros em desvantagem no exterior, o Custo Brasil significa um perigo tremendo, mesmo para as empresas que não exportam, porque, com a abertura da economia, coloca os produtos de fora mais baratos, aqui dentro de casa.
    E se isso não fosse pouco, a médio prazo, coloca sob ameaça a própria estabilização econômica como adverte o consultor Luíz Paulo Rosemberg (Folha de São Paulo, São Paulo, 16/01/96).
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    Enquanto o Governo Federal tenta se desvencilhar da camisa de sete varas em que está metido para desatar o nó das reformas estruturais, as empresas, por uma questão de sobrevivência, têm muito o que ir fazendo na redução da sua parte no Custo Brasil e podem fazê-lo mais rápido.

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