Economia

Um leilão bem sucedido

O Governo Federal concluiu com êxito a maior e mais ousada privatização já ocorrida no país e uma das maiores da história mundial: vendeu em leilão na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro sua participação de 19% no Sistema Telebrás por R$ 22 bilhões, com um ágio de 63,7% sobre o preço mínimo estabelecido. Esse valor somado aos recursos obtidos com as concessões da banda B (R$ 8 bilhões) e com a receita prevista pela venda (que deve acontecer em novembro) dos direitos de concorrência com as empresas privatizadas (para as chamadas “empresas-espelho”), estimada entre R$ 6 e 10 bilhões, o total deve chegar à casa dos R$ 40 bilhões (o dobro do PIB do Uruguai). O que fazer com tanto dinheiro? Investir em infra-estrutura? Investir no social? Não, pagar a dívida pública.

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Japão, eleição e serenidade

No final de 97, depois do abalo provocado pelo pico da crise asiática no final de outubro, já era possível vislumbrar o ano de 98 como o mais incerto da era do Real. A conjuntura internacional continuaria instável, as medidas tomadas pelo governo para enfrentar o furacão asiático repercutiriam perigosamente nas finanças públicas e a eleição lançaria combustível nesses e em outros focos de incêndio.

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Os números da crise

    Quem acompanhou a crise da dívida externa brasileira na década de 80, que culminou com a moratória unilateral (quando o Brasil deixou de pagar seus compromissos financeiros internacionais por falta de caixa), lembra-se, com espanto, da cifra de US$ 100 bilhões. Era o total do quanto devíamos aos bancos credores, o valor mais alto

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O mais duro teste do Real

“É como se você estivesse fazendo um piquenique num jardim e de repente descobrisse que vem vindo um furacão. Não dá para ficar parado esperando ele chegar.” Antônio Kandir, Ministro do Planejamento, revista Exame, 19.11.97     Depois de passar três anos pensando que estava num piquenique que ia durar oito, o governo, agora, está correndo

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Não deu para esperar

“A crise revelou o que já se sabia. Que nós precisamos de medidas para diminuir a vulnerabilidade.” Presidente Fernando Henrique Cardoso, entrevista coletiva em 05.11.97     A pergunta que dá vontade de fazer ao Presidente, depois dessa afirmação, é só uma: e por que essas medidas não foram tomadas antes? Agora, na correria, a margem

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