Desaprendizado organizacional

Imagem 127.JPG“Uma organização voltada para o aprendizado’ (learning organization) é apenas metade da solução, igualmente importante é a criação de uma organização voltada para o desaprendizado.” Gary Hamel e C. K. Prahalad no livro “Competindo pelo Futuro”,

Editora Campus, Rio de Janeiro

    Já há alguns anos que circula com desenvoltura na arena das idéias sobre gestão empresarial o conceito de organização de aprendizagem, introduzido por Peter Senge com o seu livro “A Quinta Disciplina” (Editora Best Seller, São Paulo), segundo o qual as pessoas nas organizações devem aprender continuamente a “aprender em grupo” e acumular o resultado do aprendizado em forma de conhecimento coletivo.

    Hamel e Prahalad dedicam um capítulo inteiro (intitulado “Aprendendo a Esquecer”) a essa questão no instigante livro “Competindo pelo o Futuro”. A seguir, uma síntese das principais idéias deste capítulo.

imagem115.JPG Para chegar ao futuro, uma empresa precisa estar disposta a jogar fora, pelo menos em parte, seu passado ” desaprendendo” suas convicções (ortodoxias) antes que se transformem em dogmas.

imagem214.JPG É difícil esquecer seletivamente o passado por duas razões, uma emocional e outra econômica. Os gerentes seniores normalmente têm um grande patrimônio emocional investido no passado(…) Para os que construíram o passado, a tentação de conservá-lo pode ser irresistível.

imagem39.JPG Criar o futuro não exige que uma empresa abandone totalmente seu passado. Na verdade, uma pergunta crítica para todas as empresas é: que parte de nosso passado podemos usar como “pivô” para chegar ao futuro e que parte do nosso passado representa um excesso de bagagem?

imagem46.JPG O maior risco de uma empresa não reconhecer o que não sabe e não se dispor a aprender é que o concorrente vai saber disso e agir antes.

imagem54.JPG Se uma equipe de alta gerência não é capaz de articular as quatro ou cinco tendências fundamentais do setor que mais ameaçam o sucesso contínuo da empresa, é sinal de que o destino da empresa não está sob controle.

imagem64.JPG Qualquer empresa que ande para a frente olhando pelo retrovisor, mais cedo ou mais tarde, irá de encontro a um muro.

imagem74.JPGPara desistir do pássaro na mão, uma empresa precisa ver muito pássaros voando. O futuro precisa se tornar tão vívido e real quanto o presente e o passado. 

    No atual ambiente extremamente exigente e competitivo, o risco de não inovar e perder a chance de construir as condições de ter sucesso no futuro é maior para aquelas empresas que tiveram um passado de sucessos. É nestes casos que os êxitos de antes e o aprendizado conseguido são, além de insuficientes, péssimos conselheiros. 

    Tudo parece indicar que para garantir um lugar no futuro é indispensável desafiar as ortodoxias internas, sem destruir a memória, obrigando-se a ousar, sem ser irresponsável. Não é fácil mas é possível. Muita gente está conseguindo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *