Do planejamento à gestão

“… não há nenhum mistério em formular uma estratégia. O problema é fazê-la funcionar”.

Igor Ansoff em “A Nova Estratégia Empresarial”. Editoras Atlas, São Paulo

    Um processo de planejamento estratégico, como o descrito em sua essência nos três últimos números de Conjuntura&Tendências, ajuda a “arrumar a cabeça” e a organizar melhor as intenções estratégicas mas, por si só, não assegura nada. Se não for seguido de uma ação sistemática e obstinada de acompanhamento e atualização do que foi planejado, corre o risco de produzir apenas papel.

    Afinal de contas, mesmo sendo um excelente instrumento para discussão e formulação estratrégica na empresa, o planejamento estratégico não é pensamento estratégico, como lembra Henry Mintzberg, consagrado teórico sobre o assunto.
    A disseminação do pensamento estratégico pode ser iniciada e reforçada pelo planejamento estratégico mas só tem chance de se instalar como estilo se for através de uma monitoração persistente e eficaz.
    A monitoração (acompanhamento e atualização sistemáticos do planejado) constitui-se, portanto, numa 4ª etapa do processo, embora vá além dele e funcione como seu alimentador permanente.
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    A experiência tem demonstrado que as formas de monitoração mais eficazes são aquelas que conjugam reuniões semanais da diretoria da empresa, para o acompanhamento da agenda estratégica produzida na 3ª etapa (programação das ações), com reuniões mensais de um colegiado de gestão (diretoria + gerentes responsáveis pelas áreas funcionais e pelas unidades de negócio) para acompanhamento do desempenho (operacional e financeiro) do mês anterior e atualização da agenda estratégica estabelecida.
    Um processo típico de monitoração estratégica pode ser representado conforme o diagrama reproduzido abaixo: 
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    Ao envolver mensalmente o mesmo grupo que participou do planejamento estratégico (o colegiado de gestão) a monitoração deve promover o ajuste e a atualização do que foi estabelecido, se a realidade mostrar necessário.
    Isto, junto com as reuniões semanais da diretoria, instala o que se chama de gestão estratégica, fundamental para a condução da empresa face às exigências do competitivo mundo atual dos negócios, com produção constante de novas ameaças e oportunidades.

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