Intranet: o próximo passo

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    Com isso, além da revolução que está provocando nas comunicações empresariais externas, a Internet deflagrou uma outra revolução conceitual que atinge as comunicações empresariais internas.
    A rigor, toda empresa que tem uma rede interna de computadores já “pagou” (na expressão de Bill Gates) pelo hardware e pelo software básico de sua intranet. Resta assumir o padrão www, onde qualquer diretório pode ser visto como uma página da Web.
    Claro que isso não é fácil pois requer uma mudança cultural de certo porte. Bate de frente com a visão da informática tradicional que defende o tratamento unificado das bases de dados da empresa por intermédio de grandes sistemas corporativos.
    A realidade empresarial tem mostrado, na prática, a grande dificuldade de se conseguir uma unidade corporativa proporcionada por sistemas abrangentes. Eles terminam incorporando tantas exceções que se transformam em grandes colchas de retalhos, desastrosas, caras e muito difíceis de manter.
    A sacada que parece genial no conceito de intranet, por herança da Internet, é reconhecer que sua força está, justamente, em assumir a natureza redundante e quase caótica das informações empresariais (já se disse que “a força da Internet está no caos”), procurando dar-lhes não uma “disciplina” impossível mas, sim, a unidade virtual possível. Sobretudo, a facilidade de acesso, sem grandes custos de desenvolvimento.
    O que está possibilitando essa revolução, que traz para o interior das empresas o mesmo modelo de páginas coloridas usado na seção multimídia da Internet, são os “browsers”, softwares de navegação que estão provocando a briga mais acirrada do momento no setor: Netscape (com o Navigator, usado por 85% dos usuários) contra a Microsoft (com o Explorer que se propõe a desbancar o Navigator).
    O importante é que as empresas, às voltas com seus processos ininterruptos de informatização, atentem para a grande mudança conceitual que se esboça. Não se trata de nenhuma solução mágica, como às vezes se querem vender as novidades nessa área, mas é uma mudança para melhor que certamente facilitará a vida de quem trabalha e de quem precisa de informações rápidas e de qualidade para decidir.

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