Cadê o cliente que estava aqui?

“… todos os produtos, serviços e grandes idéias, não importa o quão visionárias sejam, um dia se tornarão obsoletos, mas uma empresa visionária não se torna necessariamente obsoleta, não se tiver a capacidade organizacional para mudar constantemente e evoluir além dos ciclos de vida dos produtos existentes.”

James Collins e Jerry Porras, no livro “Feitas para Durar – Práticas Bem Sucedidas de Empresas Visionárias”, Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1995

Imagem 135-1.JPG    É mais comum do que se possa imaginar, nos dias de hoje, essa perplexidade que o título tenta expressar.

    A abertura da economia à concorrência internacional foi o tiro de largada para a nova fase que as empresas estão vivendo, do ponto de vista competitivo, no país. A partir daí, o carrossel do mercado começou a girar cada vez mais rápido. O ciclo de vida médio dos produtos diminuiu, as grandes idéias passaram a sofrer concorrência de outras grandes idéias, as margens reduziram-se e, em muitos casos, como que por encanto, os clientes desapareceram. A maioria, ingratos, sem sequer dizer adeus…

    O grande desafio das empresas que pretendem permanecer competitivas nesses novos tempos é voltarem todas as suas antenas e o melhor de sua capacidade perceptiva para o mercado.

    São vários os componentes do mercado que requerem atenção constante mas, no que diz respeito aos Produtos, aos Clientes e aos Concorrentes, essa atenção tem que adquirir status de obsessão, mais do que 24 horas por dia.

    Parece óbvio, mas a simples pergunta (elementar do ponto de vista do marketing) quem são nossos (clientes ou concorrentes) ou quais são nossos (produtos) é capaz de, em muitos lugares, depois de um momento inicial de “indignação” pelo “primarismo” da questão, quase que provocar pânico coletivo. 

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    O espanto é, justamente, por constatar que essas informações (e as muitas outras necessárias), quando existem, estão fragmentadas e não são compartilhadas nem por quem decide nem por quem executa.

    O pânico é porque todos sabem, ainda que intuitivamente que, numa guerra, o oponente que tem mais informações e melhor capacidade e utilizá-las, vence.

    Peter Drucker, o papa da administração, citado por Al Ries (ver indição abaixo) já disse que “qualquer empresa comercial tem duas, e apenas duas, funções básicas: marketing e inovação.”

    O espírito dos novos tempos é o espírito do mercado. Para se dar bem é preciso estar preparado e, em caso de dúvidas (que são sempre inúmeras) fazer a pergunta: “o que é melhor para o cliente”? Para não precisar fazer a outra, a do título.

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