Política

Um presidente fragilizado

Num país de tradição patriarcal como o Brasil, a figura do presidente da República tem uma importância por certo muito maior do que em outras nações com tradição democrática mais consolidada. O regime presidencialista (onde o presidente acumula as responsabilidades de chefe de estado e chefe de governo) reforça ainda mais esse aspecto. Uma pequena provocação: quem sabe o nome do presidente da Itália? Ou da Alemanha? Ou de Israel? Não é por acaso que quando comparamos uma fotografia dos presidentes brasileiros no início com outra no final do mandato vemos como foi severa a ação do tempo: fisionomia abatida, cabelos muito mais brancos, rugas bem mais profundas… Não deve ser fácil acumular tanta responsabilidade (e tantas expectativas), por mais preparado ou estimulado que esteja o ocupante do exigente cargo. Com um agravante: presidente no Brasil não consegue tirar férias, no máximo imprensa uns feriados numa praia cheia de fotógrafos…

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Excesso de pessimismo?

A respeito do Conjuntura & Tendências 236, intitulado “Crise de Credibilidade”, alguns leitores manifestaram a opinião de que estava excessivamente pessimista quanto às perspectivas do segundo mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso. Diante dessas avaliações vale a pena alguns comentários.

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Crise de credibilidade

Com a popularidade em queda livre, o presidente Fernando Henrique Cardoso atinge os mais altos índices de rejeição de seu governo, equiparando-se àqueles atingidos por José Sarney e Fernando Collor quando deixaram o Palácio do Planalto. (E, o que é mais grave, FHC está apenas no início do seu novo mandato). Com baixa popularidade, todo governo entra no inferno astral e fica desacreditado.

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E o governo não decola

Depois que a situação da economia parecia melhorar, afastando os temores mais apocalípticos produzidos nos últimos meses, depois que a CPI dos Bancos parecia rumar por um caminho menos espalhafatoso e mais conseqüente, o presidente aparece envolvido em telefonemas comprometedores e mais uma crise se superpõe à outra, paralisando tudo.

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Um governo em crise permanente

Já no meio do seu quinto mês de mandato, o segundo governo FHC ainda não disse a que veio e mergulha em mais uma crise. Primeiro, a declaração de moratória do governador Itamar Franco, jogando gasolina na foqueira da desconfiança, depois a desvalorização atabalhoada da moeda e os mais negros cenários para a economia em 99. Quando começa a retomar a iniciativa política, a colher os frutos da renegociação do acordo com o FMI e da melhoria dos cenários econômicos, com a não confirmação das previsões catastróficas, desaba-lhe sobre a cabeça a CPI dos Bancos.

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Resista aos aumentos!

Depois de um longo período acuado (infelizmente, pelo menos por enquanto, em se tratando de economia, pouco mais de um mês voltou a ser “um longo período”), o governo federal retomou a iniciativa da cena política. Dois fatos ocorridos na sexta-feira 26.02.98 evidenciam isso: a reunião do presidente com os governadores e a aprovação da nova diretoria do Banco Central pelo Senado.

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O cenário Antônio Carlos

Cenários podem ser entendidos como projeções de futuros possíveis. Não têm a “obrigação” de acontecer e, se adequadamente esboçados, devem funcionar, do ponto de vista das empresas, por exemplo, como insumos para a formulação de alternativas sobre os rumos a serem tomados, caso as tendências projetadas se confirmem. Rigorosamente, pode-se dizer como Arie De Geus (ver C&T 188) “Não é possível saber, e não importa, qual será o futuro. A única pergunta relevante é: o que faremos se tal coisa acontecer?”.

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34 ministros é demais

O presidente Fernando Henrique Cardoso toma posse do seu segundo mandato, em condições completamente diferentes daquelas de quatro anos atrás, anunciando que não foi eleito para ser “o gerente da crise” mas para superá-la. A realidade, todavia, é que assume bastante fragilizado politicamente devido à delicada situação econômica em que o país mergulhou, depois que a “aposta” da equipe econômica (financiar a “estabilização” com capitais externos abundantes) foi “abalroada” de frente pela “descarrilamento” da Rússia, em agosto passado. Para que não fique, de fato, restrito apenas à gerência da crise, não pode abrir mão de ser um bom gerente do seu governo.

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Procura-se um estadista

Concluída a apuração das urnas, confirma-se o que as pesquisas vinham sinalizando há tempos: reeleição no primeiro turno do Presidente Fernando Henrique Cardoso. A análise deste quadro favorece o entendimento de que, junto com o voto reeleitoral, foi depositada nas urnas a esperança de que o Presidente finalize a obra que deixou inconclusa no primeiro mandato: consolidar a estabilização da economia e colocar o país no caminho irreversível do desenvolvimento econômico e social.

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