Author name: helder

Vitória da democracia

Encerradas as apurações das eleições para prefeito nas 31 cidades onde houve segundo turno, uma constatação evidente: independente de qual foi o candidato eleito, no país inteiro verificou-se a vitória inequívoca da democracia. Foram quase 110 milhões de eleitores cadastrados votando para prefeitos e vereadores em 5.559 municípios. Desses, 26 milhões participaram de nova votação no segundo turno. São números espantosos que mostram a magnitude do feito, principalmente quando, com as urnas eletrônicas (322.500 instaladas no primeiro turno), temos as apurações concluídas poucas horas após o encerramento da votação e os resultados do segundo turno divulgados antes do dia terminar. Inclusive, com o avanço da tecnologia, sem questionamentos quanto à lisura das apurações.

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Reflexões sobre guerra e paz

Na semana passada eclodiu o mais sério conflito entre israelenses e palestinos desde 1993, quando foi assinado o acordo de Oslo, ocasião em que Israel e OLP se reconheceram mutuamente e estabeleceram um cronograma para construção de uma solução pacífica para a milenar disputa territorial. Muitos avanços foram feitos até que as negociações esbarraram na jurisdição de Jerusalém, cidade sagrada para judeus, muçulmanos e cristãos e reivindicada como capital tanto pelos israelenses quanto pelos palestinos. A disputa pela cidade é um emblema da luta entre os dois povos: não estão dispostos a repartir, pelo contrário, reivindicam a mesma terra, a mesma pedra. Acrescentem-se a isso os radicalismos de parte a parte e têm-se a receita certa para a tragédia.

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Complexo de inferioridade

A propósito da mais recente viagem do presidente Fernando Henrique Cardoso, semana passada à Alemanha, ainda sob o impacto do mau desempenho do país nas Olimpíadas de Sidney, vale uma reflexão sobre a dificuldade que temos de acreditar, de verdade, na importância que o Brasil tem no mundo. Os sentimentos são sempre extremados: se ganhamos uma competição esportiva importante (uma Copa do Mundo, por exemplo), explode-se em ufanismo mas, no dia-a-dia, predomina a galhofa. O repórter e colunista da Folha de S. Paulo, Clóvis Rossi, que acompanhou a viagem presidencial à Alemanha, tratou do assunto de forma tão precisa que vale a pena reproduzir:

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A ameaça do petróleo

Na semana passada, o preço do barril de petróleo no mercado internacional, acompanhando uma tendência de instabilidade de semanas anteriores, oscilou chegando a US$ 37,20 (a cotação mais alta desde a Guerra do Golfo em 1990) e fechando, na sexta-feira 22.09.2000, em US$ 32,68, depois que os EUA, em plena campanha eleitoral, anunciaram que iriam utilizar sua reserva estratégica do produto para forçar a baixa dos preços. O preço do barril, considerado adequado pelos analistas, é US$ 26,00.

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Aqui ninguém trabalha, não?

É comum ouvir-se essa pergunta após o recebimento da resposta: “está em reunião.” A lógica é simples: se a pessoa procurada está em reunião é porque não está trabalhando. Pior: não só não está trabalhando como gastando inutilmente o seu tempo e o de outras pessoas. Isso porque, culturalmente, reunião é associada a perda de tempo. Como se a reunião de trabalho, bem executada é claro, não fosse, por sinal, uma das mais eficazes formas de administração do tempo gerencial. Basta um pequeno auxílio da teoria da comunicação para ilustrar.

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